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Ranking Trata Brasil: a desigualdade na oferta dos serviços de saneamento

Ranking Trata Brasil: a desigualdade na oferta dos serviços de saneamento

Foi publicado, em 10 de março, pelo Instituto Trata Brasil o Ranking do Saneamento, com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) das 100 maiores cidades do Brasil. Esse ranking visa identificar quais empecilhos ainda impedem o país de atingir níveis mais elevados de acesso, tratamento e eficácia na prestação de serviços de saneamento básico. 

No que tange o acesso a coleta e tratamento de esgoto, de acordo com a organização, cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a esse serviço, sendo que 13 milhões são crianças e adolescentes. Além disso, apenas 46% do esgoto do país é tratado, sendo que as piores regiões nesse quesito são a Norte e Nordeste, com 21,7% e 36,24%, respectivamente. 

R$ 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada

Quando se fala especificamente de abastecimento de água potável ainda há também muito o que ser feito. São cerca de 35 milhões de pessoas ainda sem acesso a água tratada e apenas 22 dos 100 maiores municípios do Brasil, tem 100% da população com acesso a esse serviço. Ainda mais crítico é o nível de desperdício que existe nesse setor, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que de toda água coletada e tratada em no Brasil, 38,45% é perdida, seja com ligações clandestinas, vazamentos, roubos, falta de medição ou medições incorretas no consumo. Essa perda gera um custo de cerca de R$ 8,015 bilhões ao ano. 

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O saneamento inadequado impacta em áreas como saúde, educação e economia

Um passo importante para a melhora desse cenário é a priorização da agenda de saneamento por parte dos gestores públicos e consequentemente o maior investimento na área. Os dados do SNIS mostram que para universalizar os 4 serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem), seria necessário um investimento de R$ 508 bilhões entre 2014 e 2033, ou 18 bilhões por ano. Contudo o investimento anual vem caindo, chegando a R$10,96 bilhões em 2017. 

Entretanto, para que haja esse aumento no investimento, é vital mostrar aos líderes públicos, os benefícios que a melhora do saneamento teria em diversas áreas, entre elas a saúde, educação e na economia. Em relação à saúde, um estudo do IBGE mostrou que doenças de transmissão feco-oral (diarreias, febres entéricas e hepatite) foram responsáveis por 87% das internações causadas pelo saneamento ambiental inadequado no período de 2000 a 2013. A melhora do saneamento reduziria muito a quantidade dessas doenças e das mortes decorrentes delas, que no caso da diarreia por exemplo, causaram 2.193 óbitos em 2013. 

Na educação, estudos do Trata Brasil mostram que a falta de acesso a saneamento gera um aumento do atraso escolar e redução da escolaridade de jovens nessas áreas. O estudo também revela que o aumento do acesso a esse serviço geraria uma redução de 3,6% no atraso escolar desses jovens. Por fim, o impacto econômico com a redução de custos de saúde, maior produtividade e de renda de jovens no futuro e potencial valorização imobiliária e do turismo, está na casa das dezenas de bilhões. 

Ter acesso aos dados de todo o Brasil é importante, mas para construir políticas públicas personalizadas, você precisa analisar os dados do seu município. Esses dados estão no Diagnóstico Socioeconômico oferecido pelo Programa de Apoio a Candidaturas Municipais.

Para acessar o Ranking de Saneamento do Trata Brasil: http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking_2020/Relat%C3%B3rio_-_Ranking_Trata_Brasil_2020_1.pdf

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